sexta-feira, 26 de junho de 2015

CLUBE DE LEITURA - JUNHO

Ontem, pelas 21 horas, decorreu mais uma sessão do Clube de Leitura, desta vez para abordar a obra profética "Admirável mundo novo" de Aldous Huxley (1894-1963).

"Admirável Mundo Novo (Brave New World na versão original em língua inglesa) é um romance distópico escrito por Aldous Huxley e publicado em 1932 que narra um hipotético futuro onde as pessoas são pré-condicionada biologicamente e condicionadas psicologicamente a viverem em harmonia com as leis e regras sociais, dentro de uma sociedade organizada por castas. A sociedade desse "futuro" criado por Huxley não possui a ética religiosa e valores morais que regem a sociedade atual. As pessoas são educadas desde jovens a ignorarem tudo que possa levar a um pensamento crítico, como por exemplo, os bebés são intimidados a sentirem medo de tocar em um livro. Qualquer dúvida e insegurança dos cidadãos era dissipada com o consumo da droga sem efeitos colaterais aparentes chamada "soma". As crianças têm educação sexual desde os mais tenros anos da vida. O conceito de família também não existe."

Trata-se de uma parábola sobre a desumanização dos seres humanos e como refere Nicolas Berdiaeff, as utopias são realizáveis, mas por vezes os resultados dessas utopias são tão ameaçadoras que a humanidade quer regressar a uma sociedade menos utópica, menos perfeita, mas mais livre.

Como esta obra foi publicada em 1932, entre as duas grandes guerras, terá servido de inspiração para muito de desumano que se passou durante a Segunda Guerra Mundial, por isso, o prefácio do autor em 1946, tem como primeiras palavras o "remorso crónico".

O futuro descrito nesta obra, não estaremos a experimentá-lo, de alguma forma, no nosso dia a dia?

Meditemos! É para isso que são feitas as obras primas...







segunda-feira, 22 de junho de 2015

LEITURA DE JUNHO


Livro indicado: “Admirável mundo novo” de Aldous Huxley

Destinatários:  público em geral

Data:  25 junho 2015


Horário:  21h00  às 22h00







Sinopse
Publicado em 1932, Admirável Mundo Novo tornar-se-ia um dos mais extraordinários sucessos literários europeus das décadas seguintes. O livro descreve uma sociedade futura em que as pessoas seriam condicionadas em termos genéticos e psicológicos, a fim de se conformarem com as regras sociais dominantes. Tal sociedade dividir-se-ia em castas e desconheceria os conceitos de família e de moral. Contudo, esse mundo quase irrespirável não deixa de gerar os seus anticorpos. Bernard Marx, o protagonista, sente-se descontente com ele, em parte por ser fisicamente diferente dos restantes membros da sua casta. Então, numa espécie de reserva histórica em que algumas pessoas continuam a viver de acordo com valores e regras do passado, Bernard encontra um jovem que irá apresentar à sociedade asséptica do seu tempo, como um exemplo de outra forma de ser e de viver. Sem imaginar sequer os problemas e os conflitos que essa sua decisão provocará. Admirável Mundo Novo é um aviso, um apelo à consciência dos homens. É uma denúncia do perigo que ameaça a humanidade, se a tempo não fechar os ouvidos ao canto da sereia de uma falsa noção de progresso.
Aldous Huxley

Escritor inglês nascido a 26 de Julho de 1864, no Surrey (Inglaterra), e falecido a 22 de Novembro de 1963, em Los Angeles (EUA). Neto do biólogo Thomas Henry Huxley e filho do escritor Leonard Huxley, estudou em Eton e formou-se no Balliol College de Oxford em 1916. 
As personagens principais dos seus primeiros livros, como Crome Yellow (1921),Antic Hay (1923), Those Barren Leaves (1925) e Point Counter Point (1928), são geralmente intelectuais e escritores, traçando-se o retrato por vezes irónico e satírico das suas pretensões e desilusões. A partir deste tema, Huxley alarga-se para o tema maior do vazio da sociedade do século XX em livros como Brave New World (Admirável Mundo Novo, 1932). Posteriormente, interessou-se pelo misticismo e pela filosofia hindu: Eyeless In Gaza (1936) e The Perennial Philosophy (1946).
Em 1954 publicou The Doors of Perception, onde relata as suas experiências com a mescalina.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

CLUBE DE LEITURA - MAIO

Sessão animada, bem humorada e com muitas participantes a comentarem, criticarem, analisarem uma obra que expõe a sexualidade nua e crua, sem preconceitos, onde impera o puro prazer carnal.
Mas a obra vai muito para além disso, ficou a ideia consensual do tom inteligente da escrita,  de coloridas descrições de sexo em grupo, lesbianismo, incesto, com referências da cultura europeia e até algumas provocações políticas. 

Envolvido em polémica assim que foi lançado no mercado português, este livro do escritor brasileiro João Ubaldo Ribeiro subiu rapidamente para os tops de vendas, tal como acontecera no Brasil, onde já ultrapassou os cem mil exemplares. Escrito em 1998, por encomenda da Editora Objectiva para uma série de livros sobre os sete pecados capitais, "A Casa dos Budas Ditosos" trata do pecado da luxúria.
É o relato escaldante das memórias de uma velha baiana libertina que reside no Rio de Janeiro. Desde a sua adolescência na Baía, passando pelos Estados Unidos, até ao Rio onde vive, esta mulher seduziu ao longo da vida amigos e familiares, casados ou solteiros, rapazes e garotas, a sós ou em grupo, para participarem nas suas imaginativas actividades sexuais. 
A linguagem do livro é despudoradamente crua, mordaz, corrosiva, mas pontuada por apurado sentido de humor. Alguns chegaram a classificar o livro de pornográfico. Mas o escritor, de 58 anos, descendente de portugueses ,membro da Academia Brasileira de Letras, não se intimida. E afirmou ao jornal "Público": « Eu não me importo que digam que (o meu livro) é pornográfico. Posso não gostar. Mas quem tem boca diz o que quer. Eu escrevi o que quis. Os leitores que decidam. Houve algumas críticas extremamente desfavoráveis mas houve também uma grande repercussão positiva. Aqui no Brasil, o livro está sendo levado a sério. Ainda agora estive na Sociedade de Psicanálise, num debate. E comecei a receber um tal volume de correspondência de mulheres que gostaram da protagonista...»
Críticas de imprensa