terça-feira, 30 de abril de 2013

LEITURAS DE MAIO




                       
                        
                                               





Livros do mês: "A carne de Deus" e "O livro do ano" de Afonso Cruz
Animador convidado: Afonso Cruz
Destinatários: público em geral
Data: 27 de Maio de 2013
Horário: 21h00 às 22h00


  
Afonso Cruz

Além de escrever, Afonso Cruz é ilustrador, realizador de filmes de animação e compõe para a banda de blues/roots The Soaked Lamb (onde canta, toca guitarra, harmónica e banjo). Nasceu em 1971, na Figueira da Foz, e haveria, anos mais tarde, de viajar por mais de sessenta países. Vive com a sua família num monte alentejano onde, além de manter uma horta e um pequeno olival, fabrica a cerveja que bebe. Em 2008, publicou o seu primeiro romance, A Carne de Deus - Aventuras de Conrado Fortes e Lola Benites e, em 2009, Enciclopédia da Estória Universal, galardoado com o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco - APE/Câmara Municipal de Famalicão. Escreveu, ainda, Os Livros Que Devoraram o Meu Pai (Prémio Literário Maria Rosa Colaço 2009), A Contradição Humana (Prémio Autores 2011 SPA/RTP; seleção White Ravens 2011; Menção Especial do Prémio Nacional de Ilustração 2011) e A Boneca de Kokoschka







sexta-feira, 26 de abril de 2013

"A Humilhação" de Philip Roth

A sessão do Clube de Leitura da Biblioteca, no passado dia 24 de Abril manteve-se surpreendentemente concorrida e participada, apesar do jogo de futebol que estava a decorrer e o facto de ser véspera de feriado.
A obra "A humilhação" do romancista norte-americano de origem judaica, Philip Roth, com apenas 127 páginas, encantou todos os  presentes.
A técnica descritiva, a densidade das personagens e os temas abordados em que o talento, o amor, o sexo, a esperança, a energia, a reputação, são postos a nu, geraram a leitura intensiva da obra que nos conduz a uma inevitável reflexão sobre o percurso da vida e o seu ocaso.

Para o próximo dia  30 de Maio, as obras apontadas foram "A carne de Deus", um thriller satírico e psicadélico e "O livro do ano", um diário de uma menina, mas para leitores de todas as idades, do jovem escritor português Afonso Cruz. 

Boas Leituras!



segunda-feira, 1 de abril de 2013

"A humilhação" de Philip Roth






Livro indicado: “A Humilhação” de Philip Roth

Destinatários: público em geral

Data: 24 de abril de 2013

Horário: 21h00  às 22h00









 30º livro de Roth, é um fortíssimo veredicto sobre o envelhecimento


Críticas de imprensa
«O que torna este livro genial […] é o facto de Roth ter subvertido (ainda mais) todos os papéis convencionais. […] “A Humilhação” é […] uma farsa genial contaminada por um humor muito negro, um texto que é como uma roleta russa em que o autor joga a vida com desespero e abandono, enquanto solta a sua histriónica e feroz gargalhada.»

Helena Vasconcelos, Público

«O livro é muito bom e, sobretudo, tremendamente simples. Conciso. Preciso.»

Ana Cristina Leonardo, Expresso 

Sinopse: Acabou tudo para Simon Axler, o protagonista do novo e surpreendente livro de Philip Roth. Um dos mais destacados actores de teatro americanos da sua geração, agora na casa dos sessenta, perdeu a magia, o talento e a confiança. O seu Falstaff, o seu Peer Gynt, o seu Tio Vânia, todos os seus grandes papéis, "desfizeram-se em ar, em ar leve". Quando sobe ao palco sente-se louco e faz figura de idiota. Esgotou-se a confiança nas suas faculdades; imagina que as pessoas se riem dele, já não consegue fingir que é outra pessoa. "Houve qualquer coisa de fundamental que desapareceu". A mulher foi-se embora, o público abandonou-o, o agente não consegue convencê-lo a reentrar em cena.
Dentro deste relato demolidor de auto-esvaziamento inexplicável e aterrador eclode um contragolpe de invulgar desejo erótico, uma consolação para uma vida infeliz, tão cheia de risco e aberração que não aponta para o apaziguamento e a gratificação mas sim para um fim mais tenebroso e pungente. Nesta longa jornada para a noite, relatada com a inimitável acutilância, verve e densidade de Roth, todas as ferramentas de que lançamos mão para nos convencermos da nossa solidariedade, tudo o que fomos nas nossas vidas - o talento, o amor, o sexo, a esperança, a energia, a reputação - tudo é posto a nu.

Quem é Philip Roth?

Escritor norte-americano, Philip Milton Roth nasceu a 19 de Março de 1933, na cidade de Newark, no estado da Nova Jérsia. Filho de um mediador de seguros de origem austro-húngara, tornou-se num grande entusiasta de baseball aos sete anos de idade. Descobriu a literatura tardiamente, aos dezoito.
Após ter concluído o ensino secundário, ingressou na Universidade de Rutgers mas, ao fim de um ano, transferiu-se para outra instituição, a Universidade de Bucknell. Interrompeu os seus estudos em 1955, ao alistar-se no exército mas, lesionando-se durante a recruta, acabou por ser desmobilizado. Decidiu pois retomar os seus estudos, trabalhando simultaneamente como professor para poder prover ao seu sustento, tendo-se licenciado em 1957, em Estudos Ingleses.
Inscreveu-se depois num seminário com o intuito de apresentar uma tese de doutoramento, e perdeu o entusiasmo, desistindo deste seu projecto em 1959. Preferindo dar início a um esforço literário, passou a colaborar com o periódico New Republic na qualidade de crítico de cinema, ao mesmo tempo que se debruçava na escrita do seu primeiro livro, que veio a ser publicado nesse mesmo ano, com o título Goodbye, Columbus (1959). A obra constituiu uma autêntica revelação, comprovada pela atribuição do prémio literário National Book Award. Mereceu também uma adaptação para o cinema pela mão do realizador Larry Peece.
Seguiram-se Letting Go (1962) e When She Was Good (1967), até que, em 1969, Philip Roth tornou a consolidar a sua posição como romancista através da publicação de Portnoy's Complaint (1969, O Complexo de Portnoy), obra que contava a história de um monomaníaco obcecado por sexo. O autor passou então a optar por fazer reaparecer muitas das suas personagens em diversas narrativas. Depois de The Breast (1972), romance que aludia à Metamorfose de Franz Kafka, David Kepesh, o protagonista que se via transformado num enorme seio, torna a figurar em The Professor Of Desire (1977) e em The Dying Animal (2001). Um outro exemplo de ressurgência é Nathan Zuckermann, presente em obras como My Life As A Man (1975), Zuckermann Unbound (1981), I Married A Communist (1998, Casei Com Um Comunista ) e The Human Stain (2000).
Tendo dado início a uma carreira docente em meados da década de 60, e que incluiu a sua passagem por instituições como as universidades de Princeton e Nova Iorque, Philip Roth encontrou muita da sua inspiração em incidentes e ambientes da vida académica.
Em 1991 publicou um volume dedicado à história da sua própria família, Patrimony , trabalho que foi galardoado com o National Critics Circle Award no ano seguinte, uma entre as muitas honrarias concedidas ao autor. Em 1997, Philip Roth ganhou Prémio Pulitzer com Pastoral Americana. Em 1998 recebeu a Medalha Nacional de Artes da Casa Branca e em 2002 o mais alto galardão da Academia de Artes e Letras, a medalha de Ouro da Ficção, anteriormente atribuída a John dos Passos, William Faulkner e Saul Bellow, entre outros. Ganhou duas vezes o National Book Critics Award. Em 2005, Roth tornar-se-á o terceiro escrito americano vivo a ter a sua obra publicada numa colecção completa e definitiva pela Library of America. A publicação do último dos oito volumes está prevista para 2013. Em 2011 recebe o Man Booker International Prize, prémio que procura destacar a influência de um escritor no campo da literatura. Trata-se de um reconhecimento do trabalho pessoal, e não de uma obra sua em particular.

ALDA LARA NO CLUBE DE LEITURA

Na passada 5ª feira, pelas 21 horas decorreu mais uma animada sessão do Clube de Leitura. 
Apesar da noite estar muito chuvosa e com outras alternativas bem tentadoras, compareceram à volta de onze participantes. 
A Dra. Teresa Stanislau orientou a sessão com algumas informações complementares sobre a biografia de Alda Lara, o que se tornou fundamental para uma melhor compreensão da sua obra poética. 

A próxima sessão está marcada para o dia 24 de Abril com a obra de Philip Roth "A humilhação".